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Cemitério de Brumadinho abre quase 100 covas à espera dos mortos na tragédia com a barragem

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Brumadinho começa a realizar os primeiros enterros de vítimas mortas no rompimento da barragem da Vale. Até as 16h desta segunda-feira (28), três corpos haviam sido sepultados no cemitério Parque das Rosas. Desde que a tragédia ocorreu, 98 covas foram abertas, de acordo com funcionários.

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Trabalhadores da prefeitura foram deslocados de outros setores para ajudar no local, que, normalmente, conta com dois coveiros.

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A barragem da mineradora Vale se rompeu na sexta-feira (25) e um mar de lama destruiu casas da região. Até o início da noite, havia confirmação de 60 mortos; 31 foram identificados.

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Solidariedade

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Foram enterrados nesta segunda o bombeiro hidráulico Francis Marques da Silva, de 34 anos, o motorista Maurício Lauro de Lemos, de 52, e o caldeireiro David Marlon Gomes, de 24. Em outro cemitério da cidade, ocorreu o sepultamento de Renato Rodrigues Maia. A dor de parentes e amigos de vítimas do desastre encontra amparo na solidariedade de voluntários no cemitério.

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Padres da Arquidiocese de Belo Horizonte viajaram até Brumadinho para oferecer conforto às famílias que perderam seus entes. Um deles é o padre Moises de Jesus Lopes Pereira, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Contagem, que estava “de plantão” nesta tarde no cemitério Parque das Rosas.

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“É um momento dor em que toda arquidiocese precisa estar presente. E a igreja está sendo solidária com as famílias neste momento”, disse.

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O aposentado Joaquim Adão Cândido se apresentou nesta tarde para trabalhar como voluntário depois que ouviu no rádio o chamado para quem pudesse ajudar no cemitério. Ele levou água e lanche, além de ferramentas para auxiliar nos sepultamentos.

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Ele conta que a mulher até pediu para que ele não fosse, temendo que ele não suportasse a emoção da despedida das famílias, já que em casa ele vive a agonia da espera por notícias do marido da filha, Ruberlan Antônio Sobrinho, de 49 anos, e do cunhado dela, Miramar Antônio Sobrinho, de 48 anos.

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Apesar disso, o aposentado diz que a vontade ajudar quem passa por situação semelhante a dele é maior. “Eu vim porque eu gosto de ajudar”, diz, contendo a emoção.

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*Fonte: Raquel Freitas/G1 Minas

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