O julgamento dos policiais militares acusados de matar Alex Júlio Roque, Rita de Cássia Castro da Silva e Weverton Marinho […]
Caso Grande Vitória: julgamento de policiais é adiado pela segunda vez em Manaus
O julgamento dos policiais militares acusados de matar Alex Júlio Roque, Rita de Cássia Castro da Silva e Weverton Marinho Gonçalves, de 25, 19 e 21 anos, respectivamente, previsto para ocorrer na manhã desta segunda-feira (29), foi adiado pela segunda vez. Os jovens desapareceram no bairro Grande Vitória, na Zona Leste de Manaus, em 2016. A audiência estava prevista para ocorrer no Fórum Henoch Reis.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) por meio de nota, a juíza de direito Patrícia Macedo de Campos, da 3.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus adiou o julgamento a pedido do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM).
O ofício assinado pelo Procurador-Geral de Justiça Alberto Rodrigues Nascimento Junior, na sexta-feira (26), alega a impossibilidade momentânea de designar um promotor para atuar na Sessão pautada para esta segunda-feira.
Conforme o TJAM, ao abrir a Sessão e comunicar ao público presente, incluindo aos réus e seus advogados sobre a razão do adiantamento, a magistrada informou que o julgamento foi remarcado para o dia 1º de abril de 2024. A data foi acordada com o Ministério Público, segundo a Justiça.
Essa é a segunda vez que o julgamento é adiado. O julgamento do caso estava marcado para ocorrer, inicialmente, em novembro do ano passado, mas foi adiado a pedido do Ministério Público do Amazonas (MPAM) e da defesa de um dos réus que, na época, estava com suspeita de meningite.
Entre os policiais denunciados estão José Fabiano Alves da Silva, Edson Ribeiro Costa, Ronaldo Cortez da Costa, Eldeson Alves de Moura, Cleydson Enéas Dantas, Denilson de Lima Côrrea e Isaac Loureiro da Silva.
Investigações
Segundo as informações do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), o tenente Luiz da Silva Ramos, conhecido como ‘Boca de Lata’ encontrado morto em novembro do ano passado, no Comando-Geral da Polícia Militar do Amazonas, teria motivos para matar uma das vítimas, identificado como Alex Melo.
Policiais da civis conseguiram provas e filmagens para oferecer a denúncia contra os réus.
De acordo com as investigações, durante a abordagem ao trio, os policiais militares se comunicaram diversas vezes e andaram com eles para vários bairros da cidade.
Ainda segundo as informações, o estojo de munição encontrado em um campo de futebol, nas proximidades do ramal do Quixito, no Distrito II, foi deflagrado da arma de fogo que estava sendo usada pelo tenente Luiz Ramos. Após um teste de DNA, foi constatado que o sangue e o par de sandálias encontrados em um matagal, na área do Distrito II, pertenciam a Alex.
As vítimas desapareceram no dia 29 de outubro de 2016, após serem abordados pelos policiais militares enquanto voltavam de uma festa. Desde então os jovens nunca mais foram vistos e sete anos após o crime, os corpos das vítimas não foram encontrados.
*Fonte: D24am