O governo da primeira-ministra Giorgia Meloni apresentou um projeto de lei que pretende proibir o uso de burca e niqab […]

(Imagem: Alamy Stock Photo)

Itália declara guerra contra símbolos do islamismo

O governo da primeira-ministra Giorgia Meloni apresentou um projeto de lei que pretende proibir o uso de burca e niqab em locais públicos na Itália. Quem descumprir poderá ser multado em até € 3 mil. A justificativa oficial é combater o “separatismo islâmico” e a “radicalização religiosa”.

A proposta, no entanto, vai além das vestimentas. O texto prevê penas mais duras para casamentos forçados e exige transparência no financiamento de mesquitas e instituições religiosas sem acordo formal com o Estado — o que atinge diretamente todas as organizações muçulmanas italianas. A medida impacta uma comunidade de cerca de 2,7 milhões de muçulmanos, o equivalente a 5% da população do país.

Em uma nação que abriga o Vaticano e onde 75% dos italianos se declaram católicos, o projeto reacende discussões sobre identidade, poder e liberdade religiosa. Enquanto críticos afirmam que a proposta busca reafirmar a cultura cristã sob o pretexto da segurança, o governo sustenta que a iniciativa visa proteger os “valores ocidentais” e promover integração social. Na Europa como um todo, estima-se que a comunidade muçulmana ultrapasse 44 milhões de pessoas — cerca de 6% da população do continente.

(*) The News

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