Por: Vereador Sérgio Baré No último sábado, a Colônia Santo Antônio, na Zona Norte de Manaus, viveu um momento especial […]

Saúde, cidadania e convivência: reflexões após a grande ação social na Zona Norte
Por: Vereador Sérgio Baré
No último sábado, a Colônia Santo Antônio, na Zona Norte de Manaus, viveu um momento especial que mostrou como saúde, cidadania e convivência podem caminhar juntas. Em parceria entre a Instituição Água Viva Amazônico e o nosso gabinete comunitário, realizamos a 1ª Grande Ação Social, que alcançou mais de 1.500 atendimentos em 25 especialidades médicas. Esse número impressiona e revela, ao mesmo tempo, a dimensão da carência de serviços básicos que a população enfrenta diariamente.
Entre os atendimentos, destaco o serviço oftalmológico, que garantiu óculos gratuitos para os primeiros 50 pacientes. Pode parecer um detalhe, mas para muitas famílias é um alívio imediato, uma transformação concreta na vida de quem não teria como custear esse recurso. Também oferecemos abertura de MEI e consultoria contábil, porque cuidar da saúde vai além do corpo: significa também dar condições para que as pessoas possam empreender, gerar renda e se sustentar com dignidade.
Outro aspecto importante foi a integração cultural e comunitária. Enquanto milhares buscavam atendimento médico, tivemos apresentações artísticas, música local e atividades para as crianças. A comunidade pôde se cuidar, mas também se divertir e se reencontrar. Esse tipo de convivência fortalece laços, resgata o senso de pertencimento e mostra que cidadania não é apenas acesso a direitos, mas também vivência coletiva.
Porém, esse resultado traz uma reflexão necessária. Se em apenas algumas horas conseguimos 1.500 atendimentos, é sinal de que há uma enorme demanda reprimida. Não deveria ser preciso esperar por grandes ações para ter acesso a consultas médicas, odontológicas ou psicológicas. O sistema público precisa ser fortalecido para garantir o atendimento de rotina, com unidades de saúde equipadas e profissionais suficientes para acolher a população no seu dia a dia.
Por isso, defendo que iniciativas como essa não podem ser pontuais. Precisamos transformar esse modelo em algo contínuo, com mutirões regulares e maior integração entre instituições sociais, comunidade e poder público. Quando unimos forças, mostramos que é possível oferecer dignidade de forma prática e eficiente.
A experiência da Colônia Santo Antônio reforça a minha convicção: saúde deve ser prioridade absoluta em Manaus. Cada consulta, cada orientação e cada gesto de cuidado prestado naquele sábado representa não apenas um serviço, mas um direito atendido. O desafio é garantir que essa realidade não seja exceção, e sim parte do cotidiano das nossas comunidades. Essa é a visão de futuro que precisamos construir juntos.
*Sérgio Baré é Fisioterapeuta e vereador da cidade de Manaus
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