Um fenômeno silencioso, mas preocupante, vem afetando a saúde masculina nas últimas décadas: a queda contínua dos níveis de testosterona. […]

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Níveis de testosterona despencam há décadas e jovens buscam recuperação por meio de injeções

Um fenômeno silencioso, mas preocupante, vem afetando a saúde masculina nas últimas décadas: a queda contínua dos níveis de testosterona. Desde os anos 1980, os índices do hormônio caem cerca de 1% ao ano. Isso significa que, em 2025, um jovem de 22 anos tem, em média, a mesma quantidade de testosterona que um homem de 67 anos tinha no ano 2000.

Nos anos 1950, os níveis médios do hormônio variavam entre 600 e 700 ng/dL. Atualmente, giram em torno de 450 ng/dL — uma redução significativa que especialistas afirmam não poder ser explicada apenas pelo envelhecimento natural.

A testosterona é responsável por funções fundamentais como libido, massa muscular, densidade óssea, energia, humor e até fertilidade. Mesmo quando se excluem variáveis como idade, os índices seguem em queda, o que acende um alerta para fatores modernos que impactam diretamente na produção hormonal.

Entre os principais vilões estão a obesidade, que favorece a conversão da testosterona em estrogênio; toxinas ambientais como pesticidas e metais pesados; estresse crônico e privação de sono, que elevam o cortisol e reduzem a produção hormonal; além de dietas pobres em nutrientes e o sedentarismo, cada vez mais comuns.

Diante desse cenário, cresce o número de homens que recorrem à reposição hormonal, com ou sem diagnóstico clínico. Entre 2019 e 2024, as prescrições de testosterona nos Estados Unidos saltaram de 7,3 milhões para 11 milhões. Os relatos de melhora no humor, sono, libido e composição corporal alimentam a popularização do uso, especialmente entre os mais jovens.

Apesar do crescimento, médicos alertam para os riscos do uso indiscriminado e lembram que o hipogonadismo — condição clínica que justifica a reposição — ainda é subdiagnosticado. O tema ainda carrega tabus, mas reflete uma busca urgente de parte da nova geração: reconquistar, na base da seringa, o que seus corpos já não produzem como antes.

(*) Com informações: The News

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