A Síria, devastada por anos de guerra civil, atravessa um dos períodos mais sangrentos de sua história recente. Em apenas […]

Síria enfrenta massacre sectário, com mais de 1.000 mortos em 3 dias, após queda de Assad
A Síria, devastada por anos de guerra civil, atravessa um dos períodos mais sangrentos de sua história recente. Em apenas três dias, mais de 1.000 pessoas morreram em uma escalada de massacres sectários, com a violência atingindo principalmente cristãos e alauítas, um grupo minoritário que apoiava o ex-ditador Bashar al-Assad.
Os ataques ocorreram após a queda do regime de Assad, em dezembro de 2024, e foram atribuídos a forças de segurança do governo interino sírio, com o apoio de grupos militantes sunitas, que veem os alauítas como “hereges”, devido à sua origem no islamismo xiita.
A crise sectária na Síria se agrava. O alauísmo, que representa cerca de 10% da população, sempre foi central no regime de Assad, e para muitos sunitas radicais, os alauítas são vistos como “traidores da fé”. Isso transforma os confrontos em uma guerra religiosa, além de política.
O impacto dessa violência é devastador. Milhares de civis, incluindo mulheres e crianças, estão fugindo em busca de refúgio, tentando encontrar abrigo em áreas montanhosas ou até mesmo em bases militares russas.
O cenário chamou atenção da comunidade internacional, com os Estados Unidos e a Rússia convocando uma reunião emergencial na ONU, enquanto a França condenava publicamente os ataques. No entanto, a resposta externa tem sido ineficaz, e a guerra continua sua espiral de violência, com a questão religiosa desempenhando um papel ainda mais central no conflito. A população civil segue sendo a maior vítima dessa tragédia humanitária.