Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão testando uma vacina que tem se mostrado eficaz na criação de […]
Pesquisadores de MG desenvolvem molécula capaz de combater efeitos da cocaína
Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão testando uma vacina que tem se mostrado eficaz na criação de anticorpos que combatem os efeitos da cocaína. O principal objetivo é desenvolver uma vacina capaz de auxiliar no tratamento de dependentes químicos.
Os pesquisadores desenvolveram em laboratório uma molécula capaz de se ligar à droga – o que a torna identificável pelo sistema imunológico.
Segundo o pesquisador Frederico Garcia, coordenador do Centro de Referência em Drogas da UFMG, a cocaína não é identificada pelo sistema imunológico porque ela é uma molécula muito pequena. “A gente precisa ligar moléculas grandes para que o sistema imune ‘olhe’ para a cocaína e ‘fale’ assim: ‘você não é bem-vinda aqui’. O que esta molécula faz é tornar a cocaína uma molécula pouco bem-vinda no organismo”, explicou.
É nesse momento que as células de defesa do organismo entram em ação. “E aí, nossos glóbulos brancos passam a produzir anticorpos contra a cocaína. Então, toda vez que a cocaína entra na corrente sanguínea, estes anticorpos se ligam à cocaína e não se desligam. E, aí, impedem que ela entre numa barreira protetora do cérebro”, completou o pesquisador.
Dessa forma, o usuário deixa de ter os efeitos da droga. O experimento está em desenvolvimento desde 2003, através do Núcleo de Pesquisa em Saúde e Vulnerabilidade.
A vacina anticocaína passou por testes em roedores e está liberada para estudos em macacos. Esta fase vai sinalizar a possibilidade de experimentar em pessoas.
*Com informações da fonte: Portal G1