Desde 2018, o consumo global de vinho vem registrando quedas significativas, com a demanda atingindo apenas 22,1 bilhões de litros […]

Mais vinho para comprar, menos pessoas para beber
Desde 2018, o consumo global de vinho vem registrando quedas significativas, com a demanda atingindo apenas 22,1 bilhões de litros no último ano. Este número representa uma redução de 2,6% em comparação com 2022 e uma baixa alarmante de 10,5% em relação a 2017 — uma diferença que equivale a 3,5 bilhões de garrafas não consumidas.
A retração na demanda gerou um efeito preocupante no mercado: um excesso de oferta. Em países produtores, a resposta tem sido drástica. Agricultores em regiões da Austrália já arrancaram milhões de vinhas, e na França, o governo destinou 200 milhões de euros para converter o excedente em etanol, numa tentativa de frear o impacto econômico sobre os produtores.
Para evitar novas perdas e até a falência de vinícolas, campanhas de estímulo ao consumo foram criadas. Uma delas, a “Come Over October”, incentiva o hábito de reunir amigos para uma conversa acompanhada de uma taça de vinho durante o mês de outubro.
Especialistas apontam outra possível estratégia: o vinho sem álcool. Com o aumento da demanda por bebidas não alcoólicas, especialmente entre os mais jovens, o mercado de vinhos sem álcool fechou 2023 avaliado em US$ 2,26 bilhões e deve crescer 7,9% ao ano até 2030.