O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL), Ralph Assayag, afirmou nesta quarta-feira (18) que as empresas da […]
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Empresas da Zona Franca de Manaus não se prepararam para seca, diz presidente da CDL
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL), Ralph Assayag, afirmou nesta quarta-feira (18) que as empresas da Zona Franca de Manaus (ZFM) não se prepararam para os impactos da seca histórica que vive o Amazonas. Disse também que os problemas de transporte fluvial podem levar ao desabastecimento de medicamentos.
Ralph Assayag afirmou que, por falta de planejamento, a produção da indústria começa a ser afetada pela falta de insumos, além do escoamento dos estoques.
“Teriam que ter feito estoques maiores das empresas, mas não tiveram noção da seca, não se preparam e agora temos que lidar com a paralisação. Recebo relatos diários da falta de materiais, não conseguem escoar a produção, nenhuma carga está chegando aqui em Manaus.” afirmou.
O presidente da CDL disse que, na semana passada, quatro navios que estavam em Itacoatiara não conseguiram seguir viagem e tiveram que retornar com 2.400 contêineres de mercadorias. A estimativa é que, se caso a seca avance para o próximo mês, apenas 35% a 40% da carga conseguirá chegar na capital por meio de balsas.
Por conta da dificuldade do transporte fluvial, outras medidas mais caras estão sendo adotadas como envio aéreo de insumos e produtos prontos.
A situação se agrava afetando até mesmo o estoque farmacêutico. Segundo o dirigente, o estoque de remédios está preocupante, podendo gerar até mesmo falta de medicamentos na região.
Na terça-feira (17), o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, disse que as férias coletivas anunciadas por 35 empresas do PIM não têm relação com a falta de insumos provocada pela seca.
Ralph Assayag comentou que, se não fosse por esse motivo, ”seria estranho pedirem férias coletivas no meio da produção para o fim do ano, próximo do natal. Não tem cabimento, este é o momento em que estão se preparando para as vendas.”
Bosco Saraiva garantiu que a produção das empresas da ZFM está em andamento. “Nós temos 600 indústrias, então, as grandes indústrias estão funcionando normalmente.” pontua.
BR-319
Ralph Assayag criticou a demora do processo de dragagem nos pontos mais críticos dos rios e a falta de estrutura da BR-319. “Não tem mais nenhuma medida a ser feita, a dragagem demora cerca de 30 dias para um pequeno trecho e a BR-319 não tem estrutura. O que nos resta é esperar o rio encher novamente.” disse.
Questionado sobre o desassoreamento, do Solimões, o Dnit disse que o serviço, entre Tabatinga e Benjamin Constant, tiveram início na segunda (16), após autorização da Capitania dos Portos. “A supervisora está realizando a batimetria e as máquinas já estão no local. A estimativa é que os serviços sejam realizados pelo período de 45 a 60 dias”.
O Dnit também identificou a necessidade de dragagem na região do Tabocal (Itacoatiara) na foz do rio Madeira, a situação de emergência já foi avaliada e o serviço já está previsto para ser liberado, após aprovação dos projeto.
Na manhã desta quarta-feira, o vice-presidente Geraldo Alckmin, em reunião com o governador Wilson Lima (União) e parlamentares do Amazonas assinou o contrato e ordem de serviço para dragagem da área do Tabocal. “Amanhã ou sexta-feira já deve estar começando a obra de dragagem. Já está em execução, na fase final, a dragagem do Solimões, lá em Tabatinga e Benjamin Constant”, disse Alckmin.
Com informações: A Crítica