No último dia 9 de setembro, no Largo São Sebastião, no coração do centro histórico de Manaus, um evento memorável […]

Chá de Flores, Espantalho e Zona Tribal unem 3 mil fãs para cantarem seus clássicos no Largo São Sebastião

No último dia 9 de setembro, no Largo São Sebastião, no coração do centro histórico de Manaus, um evento memorável marcou os 20 anos do lançamento dos álbuns das bandas Chá de Flores, Espantalho e Zona Tribal. Esses álbuns icônicos, lançados em 2003 no Teatro Chaminé, em Manaus, continuam a impactar profundamente o público até os dias atuais. O evento proporcionou um emocionante reencontro, onde amigos daquela época cantaram as músicas lado a lado com suas gerações mais jovens, enquanto outros permaneciam fiéis ao espírito da época, apesar das responsabilidades e do peso do tempo.nnPara quem esteve presente no Largo, essa celebração foi uma jornada de nostalgia, alegria, euforia e, sobretudo, um reencontro emocional. O ambiente estava impregnado com uma energia que se traduzia em lágrimas de emoção e gotas de suor, onde amigos de longa data se reconectaram após anos separados. E essa separação não foi apenas causada pela pandemia, mas também por diferenças políticas que desgarraram amizades em nome de ideologias passageiras e vazias.nnA primeira banda a subir ao palco foi Chá de Flores, incendiando o público com clássicos como “Luciana”, “Caos Juvenil”, “Antes do Inverno”, “Supermouse” e “Maria Fernanda Spice Girl”. O carismático vocalista Bosco Leão, também cineasta e escritor, conhecido por seu documentário “O Rock que o Brasil não Viu” e seu livro “Rock Baré: Memórias de um Rockeiro na Selva”, incentivou o público com discursos em prol do rock regional. Em momentos especiais, ele deixava o público cantar, pois as músicas da Chá de Flores habitam na memória e no coração de todos que estavam presentes. Um dos momentos mais arrepiantes foi durante a canção “Maria Fernanda Spice Girl”, quando a banda parou para permitir que o público cantasse. Esse momento ficará gravado na memória de todos com muito orgulho.nn

Foto: Jimmy Christian
nnA seguir, foi a vez da Banda Espantalho, sem dúvida muito aguardada, como se podia perceber pela reação efusiva do público quando a banda entrou no palco. Durante certos momentos da apresentação, em meio ao coral de fãs cantando junto, era difícil ouvir a voz do vocalista Marcos Terra Nova, que, visivelmente emocionado, conduziu sua performance de forma impecável. Bastava olhar ao redor para ver todos cantando as músicas, muitos com lágrimas nos olhos, outros com os olhos fechados, relembrando um passado que se materializava nas canções. Hits marcantes como “Colar de Estrelas”, “Desde o Berço”, “Red”, “Patchuli”, “Qual é?” e as músicas do álbum “Volver” levaram o público à euforia. No entanto, o momento mais marcante foi quando a banda tocou “Amanhecer Dirigindo”, cantada literalmente em coro pelo público presente, que ainda tinha energia para pular e cantar “O Extraordinário”.nn
Foto: Jimmy Christian
nnPara encerrar a noite, a Zona Tribal, uma banda clássica que continua ativa na cena manauara, subiu ao palco. Suas letras inteligentes, que misturam protesto e poesia, e a eletrizante performance de seu vocalista, Mencius Melo, conhecido como o idealizador do maior festival de rock já realizado na região norte, o Fronteira Norte, que lançou várias bandas em meados dos anos 2000. As músicas da Zona Tribal abriram espaço para rodas de pogo e incluíram canções como “Aldeia Global”, “Guerrilha”, “Suicídio” e a clássica para rodas de pogo, “A Noite”. O show foi breve devido ao horário já avançado, mas foi uma conclusão digna de uma celebração que foi contada por mais de duas décadas e que, sem dúvida, continuará por muito tempo na mente de 3 mil fãs apaixonados e orgulhosos de terem feito parte dessa trajetória.nn
Foto: Jimmy Christian
nnO EXTRAORDINÁRIO show aconteceu onde o “CAOS JUVENIL” se uniu a “GUERRILHA”, mostrando que “DESDE O BERÇO” e “ANTES DO INVERNO”, a “NOITE” é um “COLAR DE ESTRELAS” em “UMA BELA ADORMECIDA” na “ALDEIA GLOBAL”!nnnnSid Sheldowt é Escritor, poeta e compositor Amazonense

Deixe um comentário