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Menina de 11 anos estuprada por padrasto não sabe ler nem escrever, diz delegada
A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Duque de Caxias prendeu neste domingo (17), um homem suspeito de estuprar e manter a enteada de 11 anos em cárcere privado por pelo menos dois anos. De acordo com denúncias anônimas, os vizinhos foram surpreendidos na última sexta-feira com a menina saindo da casa em que morava com um bebê recém-nascido nos braços e entrando em uma ambulância do Samu. Segundo a delegada titular da Deam-Caxias, Fernanda Fernandes, a criança não era vista na comunidade desde que tinha cerca de 9 anos, não frequentava a escola e, apesar da idade, ainda não aprendeu a ler e nem a escrever.
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A delegada afirmou que, ao ouvir os responsáveis pela vítima, estranhou todo o contexto, mas o que mais chamou a atenção foi a alegação de que a menina teria sido estuprada há 9 meses por um homem desconhecido armado, enquanto ela andava em uma rua da comunidade.
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— Existem casos de gravidez que passam despercebidos. São raros, mas existem. Mas é impossível não perceber quando uma criança chega em casa após ser estuprada na rua. Não tinha sangue? As roupas não estavam rasgadas? Ela não estava machucada? Não demonstrou alterações de comportamento? Fiz várias perguntas e eles não souberam responder — relatou a titular da Deam-Caxias.
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— Ele estava morando com a mãe da vítima há três anos. De início, aceitou fazer o exame de DNA para compararmos com o do bebê que nasceu na última sexta-feira. Depois voltou atrás e se recusou. Por todos os indícios, pedimos a prisão temporária dele. A Justiça concedeu. Conseguimos cumprir o mandado hoje quando ele ia para o hospital visitar a vítima — explicou a delegada.
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— É muito duro pensar quantas meninas passam por essa situação. Apenas 10% dos estupros de vulneráveis são notificados. Essa menina já estava nessa situação há pelo menos dois anos e, se não tivesse complicações no parto, talvez nunca chegássemos até ela. Isso é muito grave — afirmou Fernanda Fernandes.
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A delegada Fernanda Fernandes está aguardando a menina receber alta hospitalar para ouvi-la. Segundo a titular da Deam-Caxias, o depoimento da vítima vai ser muito importante para dar prosseguimento à investigação, mas é essencial que ela seja ouvida longe dos envolvidos no crime.
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