Esta quinta-feira (4) marca o último dia de campanha para o primeiro turno das eleições de 2018 e a disputa […]

Apostar no “novo inexperiente”, no “novo com responsabilidade” ou no “velho sem nada de novo para apresentar”?

Esta quinta-feira (4) marca o último dia de campanha para o primeiro turno das eleições de 2018 e a disputa se mostra acirrada pelo governo do Amazonas. Conforme a última pesquisa divulgada pela RealTime Big Data, o atual governador Amazonino Mendes (PDT) segue liderando. Em segundo lugar aparecem o presidente da Assembleia Legislativa (Aleam), David Almeida (PSB), com 23% e Wilson Lima com o mesmo percentual. O senador Omar Aziz aparece na quarta colocação com 9% das intenções de votos.nnSegundo os números da pesquisa, a tendência é que um segundo turno seja inevitável, restando apenas saber quem irá disputar com o então governador o posto de mandatário do Executivo Estadual. Nos últimos debates, ficou notório que mesmo se apresentando como renovação, o candidato e jornalista Wilson Lima se mostrou um pouco inseguro em suas colocações.nnNo debate da Rede Amazônica, por exemplo, enquanto discutia-se sobre a BR-319, Wilson cometeu uma “gafe” e apontou Roraima como um futuro parceiro na briga pela conclusão da obra. Na ocasião, Amazonino ressaltou ao candidato que 319 não faz parte do estado vizinho.nnEm outro momento, questionado por David Almeida sobre quais soluções o candidato traria para resolver o caos na saúde e fortalecer o Programa Estadual de Medicamentos Excepcionais (Proeme), Wilson alegou que a pergunta do parlamentar não passava de mais uma pegadinha. Por sua vez, David foi enfático e respondeu: “O que o candidato Wilson chama de “pegadinha” [Proeme], porque desconhece a realidade do Amazonas, é a salvação da vida de 10 mil pessoas por mês. O nosso governo vai entregar medicamentos na casa desses pacientes”, disse o candidato do PSB.nnEm contraponto a Wilson, David mostrou ser um candidato bem preparado, sempre ponderado e conhecedor dos diversos temas que abrangem a esfera estadual. Ele desponta como principal concorrente de Amazonino num eventual segundo turno.nnDentre suas principais propostas à frente do governo, caso seja eleito, o candidato afirmou por diversas vezes que irá desburocratizar o Estado, reduzir impostos e combater a criminalidade que cresce a níveis alarmantes na capital e o no interior.nnEm algumas ocasiões, David alegou que em seu governo “bandido irá temer a polícia” e que usará de tecnologia e serviço de integração entre as polícias para combater o avanço do crime organizado e proteger as fronteiras do Estado, local por onde entra grande quantidade de drogas.nnOutra ponto forte da campanha de David está na utilização eficaz dos recursos do Estado. “O Amazonas é um estado rico e tem muitos recursos que são desviados, mal empregados. Estou lutando contra tudo isso, para que você possa ter melhores serviços”, disse o parlamentar no debate organizado pela TV A Crítica.nnQuanto ao governador Amazonino Mendes, a ausência na maioria dos debates criou dúvidas até mesmo entre seus eleitores mais fiéis, colocando em risco sua tentativa de ser reeleito. Aliado a isso, os graves problemas enfrentados na saúde, segurança pública e economia enfraquece uma candidatura que, no início, se mostrava imbatível.nnQuestionado sobre o drama da segurança pública no Estado, o governador chegou a dizer, durante o debate da TV Amazonas, que os constantes homicídios que vêm acontecendo na capital e no interior é algo “normal”. Ele também apontou governos anteriores ao seu como os principais responsáveis pela situação.nnÉ verdade que o problema da segurança não é um fato novo, assim como é verdade também que, nos últimos 11 meses – período em que Amazonino está no comando do Estado -, o clima de insegurança cresceu absurdamente, o que assusta diariamente milhares de pessoas, especialmente na capital.nnDurante esse período, o crime organizado se fortaleceu e hoje o Estado é palco de uma sangrenta guerra entre facções pelo controle do tráfico de drogas na região, enquanto a atual gestão parece não ter nenhuma solução a curto, médio e longo prazo para contornar a situação. Por vezes, o povo ficou com a sensação de não ter governo e estar vivendo na insegurança total.nnEleiçõesnnNo próximo domingo, dia 7, o povo mais uma vez terá a chance de escrever uma nova página em sua história (ou, talvez, de continuar nesta mesma página). Caberá aos eleitores amazonenses tomar esta decisão: Apostar no “novo” que não possui o devido preparo, e consequentemente, assumir altos riscos dessa aposta; apostar no “novo” que possui responsabilidade e experiência para administrar; ou apostar no “velho” que parece não ter nada de novo para apresentar.

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