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Empresários suspeitos de torturarem pacientes em clínica de reabilitação são presos em SP

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Dois empresários e dois filhos deles, apontados como os proprietários de uma falsa clínica de reabilitação onde os pacientes eram torturados em Itariri, no interior de São Paulo, foram presos pela Polícia Civil na tarde dessa terça-feira (11). A família alega inocência e nega qualquer agressão.

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Foram os próprios pacientes que pediram ajuda à polícia em 31 de agosto, após agressões sucessivas cometidas pelos responsáveis pela casa. Os pacientes, cuja internação custava até R$ 2 mil por mês às famílias, alegam terem sido mau tratados e agredidos com pedaços de madeira com inscrições “só por hoje” e “a cura”.

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taco de tortura
Foto: Divulgação
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As investigações iniciais apontaram os empresários Ronaldo Robson Pereira dos Santos, 38 anos, e Paloma Souza Santos, de 36, como donos da clínica que funcionava clandestinamente em uma chácara no Centro da cidade. Os filhos deles, de 18 e 19 anos, também foram detidos temporariamente por ordem judicial.

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A família foi encontrada na casa onde mora no bairro Tatuapé, na capital paulista. Eles foram surpreendidos pelos policiais, pois não acreditavam na prisão já que nada aconteceu quando, em novembro de 2017, eles tiveram outra clínica fechada, em Itu, no interior do estado, também por suspeita de espancar os internos.

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O caso foi colocado em segredo de Justiça por envolver menores. Preliminarmente, Ronaldo, que também é caminhoneiro, e Paloma disseram que desconheciam das agressões. Os dois filhos também foram presos por suspeita de envolvimento. Todos alegam inocência e afirmam que substituíram os monitores agressivos.

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Tortura em chácara

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Na unidade que eles mantinham em Itariri, pelo menos 16 pessoas estavam internadas, entre elas, seis menores de idade. As equipes se depararam com ambientes sujos e mal conservados, uma piscina sem proteção para evitar acidentes e remédios espalhados por todos os cômodos do imóvel, sem qualquer controle.

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tortura
Foto: Divulgação
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O delegado Arilson Veras Brandão, que registrou o caso, escreveu no boletim de ocorrência que a chácara parecia acolhedora, a princípio. “Todavia, não passava de uma fachada superficial. O local era um verdadeiro antro de degradação humana, não pela estrutura em si, mas pela forma como era ‘des’administado”.

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Aos policiais, os pacientes afirmaram que, em ocasiões diversas, eram agredidos com pedaços de madeira pelos monitores. Um taco de beisebol de plástico e um facão também foram apontados como elementos de tortura. Todos os objetos foram encontrados no local e apreendidos como provas pela Polícia Civil.

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As vítimas também informaram que tinham pouco contato com familiares, e que, quando ocorriam ligações, eram feitas sob supervisão dos responsáveis pela clínica, que os ameaçavam para dizer que estavam bem e se recuperando. Parentes, em contato com a polícia, afirmaram desconhecer as agressões.

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Os internos disseram, ainda, que recebiam medicamentos controlados de maneira aleatória, sem qualquer orientação médica, e que também eram jogados na piscina durante a noite enquanto dormiam. Segundo a polícia, eles ainda eram alvos de xingamentos e agressões verbais, rotineiramente, pelos funcionários.

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O caso segue em investigação para identificar outras vítimas e outros agressores no caso. Todos internados que estavam na clínica fechada pela Polícia Civil foram devolvidos aos familiares, que foram surpreendidos que os parentes, em vez de serem reabilitados, eram, na verdade, torturados e agredidos.

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*Fonte: Portal G1

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